Diagnóstico de Porto Alegre
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Diagnóstico Muncipal
Uma ferramenta de governança para Prefeitos
O diagnóstico como o centro de decisões
O Diagnóstico Municipal é um processo de análise e avaliação da situação de um município, que visa identificar seus problemas e desafios.
Imprescindível para a definição das prioridades e os temas a serem abordados, com base em um estudo local.
Cartografias estratégicas ou vídeos do Município: mapas ou vídeos que representam as características e dinâmicas do território, como aspectos físicos, socioeconômicos, ambientais, culturais, políticos e institucionais.
Indicadores municipais: medidas quantitativas ou qualitativas que expressam o desempenho ou a situação de um município em relação a um tema ou objetivo específico.
Pesquisas: instrumentos de coleta de informações e opiniões da população sobre as demandas, necessidades, expectativas e percepções sobre o município e suas políticas públicas.
O instrumento permite que as autoridades entendam melhor as necessidades de suas populações e trabalhem em direção a soluções eficazes.
Possuem indicadores validados, medidos e avaliados. Isso é fundamental para garantir que os municípios estejam progredindo na direção certa e alcançando seus objetivos de maneira eficiente e eficaz.
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Dados Demográficos
Essência de Porto Alegre
Panorama dos dados populacionais de Porto Alegre em 2023. Com mais de 1,4 milhão de habitantes, Porto Alegre se destaca como um importante centro urbano no cenário nacional.
Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é a décima cidade mais populosa do Brasil. A cidade possui uma população de 1.442.419 habitantes.
População total: 1.442.419 habitantes
Densidade demográfica: 2.937,4 hab/km²
Área territorial: 496,845 km²
Crescimento populacional anual: 0,46%
A população de Porto Alegre vem crescendo de forma constante na última década.
Em 2023, a cidade atingiu a marca de 1,44 milhão de habitantes, com uma densidade demográfica de quase 3 mil habitantes por km².
Distribuição por Sexo e Idade
Homens: 703.411 habitantes (48,74%) Mulheres: 739.008 habitantes (51,26%) Composição da população por faixa etária:
0 a 14 anos: 19,2%
15 a 29 anos: 21,8%
30 a 59 anos: 44,2%
60 anos ou mais: 14,8%
A população de Porto Alegre é relativamente jovem, com a maior parte dos habitantes concentrada entre 15 e 59 anos. Observa-se uma ligeira predominância de mulheres na cidade, com 51,26% da população total. A pirâmide etária indica um crescimento populacional moderado e um envelhecimento gradual da população.
PIB per capita: R$ 37.390,00
Taxa de analfabetismo: 4,6%
Expectativa de vida ao nascer: 78,2 anos.
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Desafios
Este estudo abrangente examina os principais desafios que Porto Alegre enfrenta em seis áreas críticas:
Telecomunicações
Qualidade da Educação
Meio Ambiente
Acesso à Saúde
Acesso à Educação
Segurança
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Saude
Porto Alegre é uma das capitais brasileiras que enfrenta diversos desafios na área da saúde. Alguns dos pontos críticos são:
1,6% dos moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre têm diagnóstico positivo para o vírus HIV.
A cidade tem o maior coeficiente de mortalidade por AIDS do país, com 24 óbitos a cada 100 mil habitantes.
A alta incidência e mortalidade por HIV/AIDS, representa uma das piores taxas da América Latina.
A transmissão do vírus ocorre principalmente entre a população em geral, e não entre grupos específicos, o que indica uma epidemia generalizada.
Apesar da disponibilidade de preservativos nas unidades de saúde, o uso de camisinha é baixo entre os porto-alegrenses.
A alta endemicidade de tuberculose.
Porto Alegre é a segunda capital em incidência de tuberculose, com 87 casos a cada 100 mil habitantes.
A doença está associada à pobreza, à desnutrição, à coinfecção pelo HIV e à falta de acesso aos serviços de saúde.
Um dos principais problemas é a alta taxa de abandono do tratamento, que chega a 28%, enquanto a recomendação é de até 5%.
O abandono favorece o surgimento de formas resistentes da bactéria, que são mais difíceis de tratar e de controlar.
A baixa cobertura e qualidade da atenção primária à saúde.
Apesar de ter uma rede de serviços de saúde distribuída pelo território, Porto Alegre não consegue garantir uma atenção primária efetiva e resolutiva para a população.
48,2% da população está coberta por equipes de saúde da família completas;
29,5% da população está coberta por agentes comunitários de saúde;
38,4% tem cobertura de saúde bucal adequada.
Além disso, há problemas de gestão, de infraestrutura, de insumos, de recursos humanos e de integração.
A alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis.
Porto Alegre apresenta hábitos e estilo de vida que interferem nos resultados em saúde, como o tabagismo, o consumo excessivo de açúcar e de sal e a pouca prática de atividade física. Esses fatores contribuem para o aumento das DCNT - doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, as neoplasias, as doenças respiratórias, os transtornos mentais e as causas externas.
Essas doenças são responsáveis pela maior parte das mortes na cidade, e exigem uma atenção integral e contínua por parte dos serviços de saúde.
Dados Qualitativos:
Segundo uma reportagem do Correio do Povo, a superlotação e demora no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e de Pronto Atendimento de Porto Alegre é uma realidade. DEZ 2023
Uma reportagem da RBS afirma que a superlotação é a realidade de quase todas as emergências hospitalares de Porto Alegre e Região Metropolitana.
Entre os fatores que contribuem para a superlotação das emergências de hospitais de Porto Alegre estão:
Doenças crônicas instáveis e agravadas
Impossibilidade de atendimento em unidades básicas de saúde
Fila para procedimentos
Pacientes vindos de outras cidades
Um fenômeno sazonal
A superlotação nas emergências de hospitais de Porto Alegre é um problema recorrente;
As consequências da superlotação incluem:
Aumento na mortalidade de pacientes
Atraso nos transportes
Desvio de ambulâncias a outras unidades de atenção
Fuga de pacientes
Maior gasto financeiro
Em agosto de 2023, três hospitais de Porto Alegre estavam com as emergências pediátricas lotadas ou superlotadas.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) era o mais preocupante, com 34 crianças sendo atendidas em um local com nove vagas.
A emergência pediátrica do HCPA chegou a registrar o dobro da capacidade, com lotação de 222,22%.
Outras unidades de saúde também operavam acima do limite, como o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV).
Os três hospitais consultados pela GZH relataram aumento no número de crianças internadas.
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Segurança
Porto Alegre é a capital mais violenta das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023.
A cidade registrou 30 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2022, um aumento de 17,6% em relação a 2021.
As duas únicas capitais no resto do país que superam Porto Alegre na alta em crimes dolosos contra a vida são Cuiabá (37,6%) e Palmas (27,2%).
Dados de Segurança Pública em Porto Alegre (2023):
Feminicídios, Homicídios, Estupros e Roubos
Feminicídios: 2023: 10 casos até novembro.
Homicídios: 2023: 144 casos até novembro.
Estupro 2023: 474 casos até novembro.
Roubos: 2023: 12.494 casos até novembro.
A Guarda Municipal de Porto Alegre encerrou 2023 com um aumento de 74% no número de prisões, em comparação com 2022.
Foram 1.139 pessoas presas, contra 654 no ano anterior.
A maioria das prisões foi por furto, roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
A cidade também recuperou mais de uma tonelada de fios em 2023, que foram furtados da rede elétrica, de telefonia e de internet. O prejuízo causado pelos furtos é estimado em R$ 1,5 milhão.
Em janeiro de 2024, a prefeitura instalou 20 totens de segurança interativos em pontos estratégicos da cidade, que permitem que os cidadãos acionem a Guarda Municipal ou a Brigada Militar em caso de emergência.
Os totens também possuem câmeras de monitoramento e alto-falantes. No primeiro mês de funcionamento, os totens registraram 445 acionamentos, sendo 60% deles para a Guarda Municipal e 40% para a Brigada Militar.
Dados sobre suicídios de militares em Porto Alegre:
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul registrou 49 suicídios de 2018 até fevereiro de 2023, sendo a principal causa de morte de policiais militares no estado;
A maioria dos suicídios ocorreu entre soldados e sargentos, que são os níveis mais baixos da hierarquia militar;
As causas do adoecimento mental e do suicídio dos policiais militares estão relacionadas aos problemas de carreira, às jornadas extenuantes, às perseguições, às humilhações, ao assédio moral e à falta de apoio psicológico;
Suicídio entre Militares em Porto Alegre: Aprofundando a Compreensão do Fenômeno.
O suicídio entre militares em Porto Alegre é um problema preocupante que exige atenção e medidas eficazes de prevenção.
Dados:
2023: 4 casos até novembro.
2022: 7 casos.
2021: 6 casos.
2020: 4 casos.
Total: 21 casos entre 2020 e 2023.
Fatores de Risco:
Condições de trabalho:
Estresse elevado.
Longas jornadas de trabalho.
Falta de suporte social.
Exposição a situações traumáticas.
Problemas de saúde mental:
Depressão.
Ansiedade.
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Dificuldades em buscar ajuda:
Estigma em relação à saúde mental.Falta de acesso a serviços de saúde mental.
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